No mundo dos mangás, onde cada quadro conta e cada traço é arte, um problema inesperado está ganhando destaque: a escassez de artistas! Isso foi revelado recentemente pelo mangaka Tomio Hidaka, autor de Ain Soph in the Finite World, com um tweet simples, mas poderoso, que incendiou a internet.
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“No momento, realmente não há artistas de mangá suficientes. Mesmo que o roteiro seja aprovado, muitas vezes não é possível iniciá-lo porque não há ninguém para desenhá-lo”, escreveu ele.
A mensagem viralizou e destacou uma crise que afeta muitos criadores de histórias: não encontrar o artista ideal para dar vida a elas.
Roteiros prontos... mas sem lápis para desenhá-los?
Essa situação tem desacelerado a produção de novos títulos. Editores aprovam enredos com potencial, mas sem um ilustrador disponível, o projeto fica congelado. E aqueles que conseguem encontrar um bom “parceiro criativo”, como Hidaka chamou, estão praticamente ganhando na loteria.
Isso é especialmente importante porque, em mangás, existem dois estilos de trabalho predominantes: autores que fazem tudo (roteiro + desenho) e aqueles que preferem delegar a arte visual. Nos últimos anos, esta última opção tem crescido.
Uma tendência crescente: escritores sem lápis
Um exemplo claro é Aka Akasaka, o criador de Kaguya-sama: Love is War, que decidiu se dedicar exclusivamente ao roteiro em seus novos projetos. Dessa forma, ele pode se concentrar no desenvolvimento das histórias sem lidar com os prazos apertados e o esforço físico do desenho.
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Por outro lado, veteranos como Eiichiro Oda (One Piece) e Makoto Yukimura (Vinland Saga) continuam optando por fazer tudo sozinhos, mesmo que isso implique em maratonas de trabalho exaustivas.
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O futuro dos mangás está em perigo?
Não necessariamente... mas se essa escassez de artistas continuar, poderemos ver menos lançamentos ou mais atrasos em novos trabalhos. Talvez seja hora de a indústria reavaliar como treina, nutre e motiva os artistas visuais do futuro.